Síndrome do Imobilismo
A Síndrome do Imobilismo é caracterizada por alterações nos diversos tecidos e sistemas orgânicos secundárias ao repouso prolongado, podendo ser sistêmicas ou segmentares. Várias condições patológicas podem levar ao imobilismo, como: doenças neurológicas, ortopédicas, reumatológicas, cardiopulmonares, má nutrição, patologias dos pés, quadros dolorosos, alterações psicoafetivas, demências, neoplasias, vestibulopatias etc.
A prevenção de tais complicações deve ser o princípio básico de qualquer plano de tratamento, visto que muitas das alterações secundárias à síndrome do imobilismo são irreversíveis. É fato que tais complicações se instalam rapidamente, ao passo que a recuperação se dá de forma lenta e dificultosa.
Quando se fala de imobilismo, o pensamento deve se voltar não só ao paciente confinado ao leito, mas também se deve lembrar dos dependentes de cadeira de rodas e dos imobilismos segmentares, como, por exemplo, na fratura de Colles durante a manutenção de uma tala gessada e do gesso circular, quando deve haver a preocupação de se manter íntegras as demais articulações.
No caso de a restrição ao leito não poder ser evitada, várias medidas devem ser tomadas a fim de prevenir ou, ao menos, minimizar as complicações, diminuindo o tempo de internação e propiciando a reabilitação posterior do indivíduo.
Alterações por tecidos
Tecido Conjuntivo – Com uma semana de imobilização inicia-se a troca das fibras colágenas tipo III pelas tipo I, de tal forma que em três semanas há um predomínio das fibras tipo I que se caracteriza por ser um colágeno mais denso. As fibrilas recém-formadas fazem ligações entre si, criando fibras de colágeno mais espessas e mais longas (fenômeno do rearranjo), alterando sua estrutura básica e consequentemente sua propriedade elástica. Quantitativamente, observa-se diminuição da massa total de colágeno com perda de aproximadamente 5% em nove semanas e 25% em doze semanas. Há também