A concepção cientifica em Platão
Platão chamou de ciência, em grego episteme, o conhecimento verdadeiro. Segundo ele, o conhecimento científico, é o conhecimento certo e universal. Seu critério de cientificidade é a verdade. Assim, Platão oferece um critério de cientificidade onde demarca o conhecimento científico do conhecimento não científico.
Platão recusava a realidade do mundo dos sentidos; toda a mudança que observamos diariamente era apenas ilusão, reflexos pálidos de uma realidade supra-sensível que poderia ser verdadeiramente conhecida. E a geometria, o ramo da matemática mais desenvolvida do seu tempo, era a ciência fundamental para conhecer o domínio supra-sensível.
A evolução dos conceitos de “conhecimento” e “ciência”, referenciada inicialmente ao pensamento de Platão e seguindo encadeada até a construção filosófica de outros autores do final do século XX, indica a dinamicidade da ciência enquanto tal. Provavelmente, se buscássemos uma definição científica de qualquer conceito no tempo (de Platão até o fim do século XX), e de acordo com a evolução dos pensamentos, teríamos, também diferentes conceitos, críticas e melhoramentos no conceito científico pretendido.
No mito da caverna, Platão discute sobre teoria do conhecimento, linguagem e educação na formação do Estado ideal. O mito fala sobre prisioneiros (desde o nascimento) que vivem presos em correntes numa caverna e que passam todo tempo olhando para a parede do fundo que é iluminada pela luz gerada por uma fogueira. Nesta parede são projetadas sombras de estátuas representando pessoas, animais, plantas e objetos, mostrando cenas e situações do dia-a-dia. Os prisioneiros ficam dando nomes às imagens (sombras), analisando e julgando as situações.
Vamos imaginar que um dos