A Comemoração da Vitória: o Banquete Triunfal Assírio

KATIA MARIA PAIM PEZZER, A Comemoração da Vitória: o Banquete Triunfal Assírio; Anais do XXVI Simpósio Nacional de História – ANPVH; São Paulo, Junho de 2011. Katia Maria Paim Pezzer é professora do curso de História e coordenadora do LAPEMA da ULBRA, doutora em História pela Université de Paris – Panthéon – Sorbonne; CNPQ – Brasil, Fapergs, Ulbra.
A Comemoração da Vitória: o Banquete Triunfal Assírio Os resultados apresentados nesta comunicação referem-se à conclusões preliminares do projeto de pesquisa “Guerra e Religião - Estudo de textos e imagens do mundo antigo oriental” em curso, que tem por objetivo compreender a relação entre a religião e os conflitos militares que marcaram a constituição do grande império neoassírio na Antiguidade, através da representação imagética dos simbolismos religiosos nas narrativas visuais da guerra. Cinco grandes impérios foram criados do século IX ao século I a.C, o neossírio, o neobabilônico, o persa, o helenístico e o parta. A Assíria estava localizada entre as margens do tigre e as colinas dos Montes Zagros, conhecida como Alta mesopotâmia ou Djerireh. Para formação do estado assírio, foram reunidas no II milênio a.C importantes cidades como Nínive, Arbela e Assur. O desenvolvimento da civilização e as artes assírias se deram diretamente do que aconteceu nos campos de batalha. No mundo mesopotâmico, o relevo sobre pedra foi uma das mais importantes manifestações artísticas. A prática cultural de criação destes relevos monumentais está associada ao momento político de construção de grandes impérios. Para investigação destas imagens, utilizamos a metodologia baseada na obra de Erwin Panofsky, que se divide em: realização da descrição pré-iconográfica; realização da análise iconográfica. A iconologia é o estudo de ícones ou do simbolismo na representação visual (PANOFSKY, 1995:19).

Os Relevos nos Palácios Assírios

O sítio arqueológico de Nínive, atualmente território do Iraque, teve várias escavações entre os