A colher que desaparece
E que investimento é mais seguro que um metal precioso? Aplicar nisso é com certeza a garantia de manutenção da sua riqueza!
Pois pense bem, porque teve muita gente no século XIX que aplicou fortunas em um metal que era precioso na época, mas que o avanço científico tornou algo tão trivial quanto isso:
Latinhas
Isso dava para comprar muito uisque 21 anos...
É isso aí, o alumínio, apesar de ser o metal mais comum do planeta (equivalente a 8% do peso da crosta terrestre), era muito mais valioso que o ouro (que é milhões de vezes mais raro).
Qual a razão disso? Encontrar amostras puras de alumínio era quase um milagre, o que tornava seu preço elevadíssimo, ao ponto de barras desse metal fazerem parte do tesouro da França e do imperador Napoleão III reservar talheres de alumínio para seus convidados mais especiais (já os menos especiais comiam com talheres de ouro, coisa de gentalha mesmo).
Tudo isso mudou em 1886, quando um certo químico chamado Charles Hall descobriu um processo barato, rápido e extremamente eficiente de purificar o alumínio, praticamente pulverizando seu valor e a riqueza de muitos investidores que tinham comprado um metal precioso e agora se encontravam com apenas uma commodity industrial nas mãos. O nosso amigo Hall teve melhor sorte (para quem acredita em sorte) e fundou uma empresa chamada Aluminum Company of America, ou como é mais conhecida atualmente, ALCOA.
Esse é apenas um dos saboroso casos abordados no livro “A Colher que desaparece”, de Sam Kean. Neste livro o autor nos conduz por um passeio pela tabela periódica, mostrando como chegamos naquela figura cheia de quadrados e letrinhas que conhecemos nas aulas de química do colégio e, principalmente, nos conta o papel desempenhado pelos