A Civilizacao Romana e as Migracoes Barbaras
A partir do século III, o extenso território controlado pelos romanos, sobretudo na parte ocidental do continente europeu, começou a ser ocupado por inúmeros povos, às vezes de forma pacífica, outras vezes pela força.
Em sua grande maioria, os povos invasores eram de origem germânica. Entre eles, destacavam-se: os anglos, os saxões, os francos, os lombardos, os suevos, os burgúndios, os vândalos e os ostrogodos.
Os romanos chamavam todos esses povos de bárbaros pelo fato de esses povos terem uma cultura muito diferente da deles. Não falavam o latim e tinham hábitos alimentares e de higiene pouco condizentes com os costumes romanos.
Mas foi graças à convivência entre esses diferentes povos que surgiu no território europeu uma nova estrutura social. Nela são perceptíveis tanto elemento da cultura romana quanto dos povos germânicos.
Essa sociedade, que então surgia, durou pelo menos mil anos. E até hoje podemos notar algumas de suas características, no mundo ocidental, como a forte presença do Cristianismo.
Assim, ao estudar esse período da história européia, podemos refletir sobre os diversos aspectos que envolvem a convivência entre povos de diferentes culturas. Seria possível menosprezar a cultura de algum povo? Classificá-la como atrasada?
Nas fronteiras do Império Romano
Como dissemos, para os romanos, bárbaros eram todos os povos que habitavam além de suas fronteiras e não falavam o latim. Com hábitos diferentes, a maior parte desses povos era de origem germânica; havia ainda os celtas e os eslavos.
Durante os três primeiros séculos da era cristã, os romanos, apesar das diferenças de costumes, mantiveram relações pacíficas com muitos dos povos germânicos. Mantinham trocas comerciais e, com o tempo, o próprio exército romano passou a contar com grande número de voluntários germânicos em suas fileiras.
É importante ressaltar que a idéia de civilização romana desempenhava um papel na construção da imagem daquele que estava