A cidadania brasileira na constituição de 1988
Fernando Rodrigues de Almeida
INTRODUÇÃO
O Brasil é um país populoso e de grandes dimensões, chama o dia de votação de “festa” da democracia; a escolha de um candidato para representar e administrar a vida em sociedade ganha um contorno tão importante nesse dia, que é fácil ver um cidadão com o título de eleitor em punhos, orgulhosamente, indo votar. Nesse dia, ao que parece, cidadão é mais cidadão.
Na esperança de viver dias melhores na educação, saúde, economia e social, o povo, então tido com a maioria, vai compartilhar da festa democrática brasileira, afinal, a idéia básica, primaz, é de que cada voto dado, cada representante escolhido, vai lutar por benefícios de uma coletividade comprovadamente carente e com a angústia da incerteza de deveres e direitos não serem atendidos.
Votar é o ato de munir de poderes alguém que se considere capaz de tomar decisões sérias e responsáveis para a população, que tenha como meta o bem-estar social, a eliminação das desigualdades que são tão latentes nesse país, pôr fim na fome, na falta de chances de se vencer na vida pela honestidade e trato respeitoso com a coisa pública.
No entanto, o foco a ser tratado será qual o real valor do cidadão dentro do processo político democrático brasileiro e se de fato, ele é ou não peça chave da condução política e social do Brasil; teorias que tornam verossímeis essa situação e outras que citam os caminhos percorridos pelo país para chegar a democracia serão citados durante a explanação das idéias.
Muitas campanhas publicitárias, apresentadas em TV, rádio, jornais e mídia cibernética, ensinam a população como se deve votar; escolhendo os candidatos pelos princípios éticos, pela boa conduta moral e pelo zelo com o que é do povo. Os slogans muito parecidos “vote certo”, “seja cidadão, vote”, “votar é seu direito”, para tentar garantir a conscientização política.
Mas, no entanto, as campanhas publicitárias deveriam ir mais a fundo no