A castro (de antónio ferreira)
A obra: “A Castro” ou “Tragédia mui sentida e Elegante de Dona Inês de Castro”, publicada em 1587, foi a primeira tragédia clássica portuguesa que tem como base a vida e morte de Inês de Castro. Esta peça encontra-se dividida em cinco atos:
• Ato I (divido em quatro cenas) – neste ato é feita uma espécie de introdução. Nele apresenta-se o motivo impulsionador da ação da tragédia: o amor de Pedro e Inês. Neste ato, há uma intervenção de um coro grego.
• Ato II – neste ato, as razões do amor vão opor-se às razões de estado, o indivíduo ao coletivo. A figura central do conflito é o Rei.
• Ato III – aqui, o sonho de Inês, antecipador da sua futura morte, é um elemento clássico, utilizado pelo dramaturgo para colocar a personagem central perante um tema caro aos homens do Renascimento. No seu sonho, o ambiente é caraterizado como locus horrendus.
• Ato IV – neste ato é representada a defesa de Inês. Ela pede ao Rei que este abrande a sua fúria, que pondere na clemência, na justiça e na piedade e que lhe perdoe. Nele vamos encontrar dois polos opostos de atuação, combatendo entre si, cada qual baseado nas suas razões (Conselheiros – Inês).
• Ato V – aqui é feito um retrato físico e psicológico de Inês, contrastando entre “Inês viva” e a “Inês morta”. Faz-se também um contraste entre as atitudes e comportamentos do Infante, antes e depois da morte da sua amada.
Fonte: Wikipédia; Infopédia;