A burguesia e a sua evolução no decorrer dos séculos

A burguesia mais rica assumia-se, também, como pretendente da moda, que fugia das modas da antiga aristocracia, embora os “modelos” viessem do mesmo sítio: Paris. No dia-a-dia, as senhoras da burguesia usavam vestidos de cetim (a saia de crinolina, blusas com grandes decotes e com as mangas tufadas, usavam luvas altas, chapéu de plumas e, por vezes, capas de veludo com capuz), meias de algodão e botas de pele de vitela. Já o homem burguês vestia-se sempre de preto (com calças direitas, uma casaca em seda preta, um colete, um lenço ou uma gravata, um chapéu alto, luvas, uma bengala e os típicos sapatos bicudos).
Os conceitos tais como liberdades pessoais, direitos religiosos e civis, e livre comércio todos derivam-se das filosofias burguesas. Com a expansão do comércio e da economia de mercado, o poder e a influência da burguesia cresceu. Em todos os países industrializados, a aristocracia perdeu gradualmente o poder ou foi eliminada por revoltas burguesas, passando a burguesia para o topo da hierarquia social. Com os avanços da indústria, surgiu uma classe mais baixa inteiramente nova, o proletariado, a classe trabalhadora.
Como classe dominante, à burguesia foi “entregue” os méritos pelo progresso tecnológico, embora tenha sido, também, culpada pelos “males” que atacaram a sociedade. Foi assim, o século XIX, considerado o século de ouro para a burguesia, pois a burguesia perde os seus privilégios e ainda é substituída pelos ricos burgueses.
Os burgueses tentaram, e conseguiram, a todo o custo alcançar o mesmo tipo de privilégios que a nobreza detinha anteriormente, afirmando-se, no final do século, na vida política e económica.
O significado de burguesia foi sofrendo alterações ao longo da passagem do tempo pois, quando se deu o seu surgimento, no final da Idade média, devido ao desenvolvimento económico e com o aparecimento de burgos (cidades medievais cercadas por muros), esta classe sofreu alterações. De início os burgueses eram gente pobre, genuínos,