A Brigada de Infantaria Mecanizada no Combate Urbano: Um estudo nas Operações Ofensivas
ESCOLA MARECHAL CASTELLO BRANCO
Maj Inf MAURO FIALHO DE LIMA E SOUZA
Ten Cel Inf ANTÔNIO CEZAR DE OLIVEIRA MENDES
ARTIGO CIENTÍFICO
A Brigada de Infantaria Mecanizada no Combate
Urbano: um estudo nas Operações Ofensivas
Rio de Janeiro
2008
RESUMO
A Doutrina Militar Terrestre brasileira tem evoluído ao longo dos tempos, seja pela própria experiência adquirida da participação em conflitos bélicos seja por intermédio da experiência de outros exércitos. Foi assim desde o surgimento dos carros de combate na Primeira Guerra Mundial, até a acentuada modernização dos equipamentos bélicos verificada na guerra entre os Estados Unidos da América
(EUA) e o Iraque, ainda em curso. Nesse contexto, pode-se destacar a crescente urbanização pela qual passa o mundo moderno e o aumento da precisão e conseqüente letalidade dos armamentos bélicos, o que passou a exigir das tropas em campanha, além da modernização já citada, um elevadíssimo nível de adestramento para minimizar tais efeitos. Dessa forma, a obtenção de grande mobilidade surge como vetor essencial, juntamente com a iniciativa, a rapidez, a flexibilidade e a sincronização das ações, possibilitando concentrar massa e explorar a vulnerabilidade do oponente em dado momento e local decisivo no combate, aumentando, assim, a probabilidade de êxito nas operações, inclusive no ambiente urbano. O Exército Brasileiro (EB), atento ao novo cenário urbano que se tem apresentado nos conflitos mundiais, vem buscando adequar a doutrina militar de emprego da Força Terrestre (F Ter) às novas exigências do combate moderno.
Nesse mister, inclui-se a implementação da Doutrina Delta na Força Terrestre, privilegiando, dentre outros aspectos, manobras de flanco de maior envergadura, o combate continuado, a iniciativa, a rapidez, a flexibilidade e a sincronização das ações no campo de batalha, bem como a adequação desses princípios ao combate urbano. Países como os