Resumo sobre Kant e ética do esclarecimento
A diferença entre razão teórica e razão prática encontra-se em seus objetos. A razão teórica ou especulativa tem como matéria ou conteúdo a realidade exterior a nós, um sistema de objetos que opera segundo leis necessárias de causa e efeito, independentes de nossa intervenção. A razão prática não contempla uma causalidade externa necessária, mas cria sua própria realidade na qual se exerce. Essa diferença decorre da distinção entre necessidade e liberdade/finalidade.
A natureza é o reino da necessidade – Razão Teórica
O reino humano é o reino das ações racionais não por necessidade mas por finalidade e liberdade - Razão Prática
A imposição que a razão prática faz a ela mesma se chama dever. Longe de ser um imposição externa obedecê-lo é obedecer a si mesmo, somos todos autônomos.
Precisamos de valores, fins e leis morais na forma de dever, por que não somos seres apenas morais, também somos seres naturais, a natureza nos impele de agir por interesse, forma natural do egoismo, o interesse nos faz viver na ilusão de que se somos livres e racionais por realizarmos ações que julgamos terem sidos decididas livremente por nós, agir por interesse é a maneira dos animais.
É necessário impor-nos nosso ser moral, para sermos livres precisamos ser obirgados pelo dever de sermos livres. A violência está em não compreendermos nossa destinação racional e em confundirmos nossa liberdade com a satisfação irracional de todos os nossos apetites e impulsos. O dever revela nossa verdadeira natureza. O dever é uma forma que deve valer para toda e qualquer ação moral.
O imperativo não admite hipóteses, só vale incondicionalmente e sem exceções para todas as circunstâncias de todas as ações morais. O imperativo categórico exprime-se