A base da ídeia de Sócrates sobre a Maiêutica.
A Maiêutica de Sócrates consiste em perguntar, em interrogar, em inquirir: “O que é isto? O que significa?” E isto ele faz andando pelas ruas, pelas praças, indagando das pessoas.
Ao general ateniense que encontra – ele está preocupado em averiguar o que é a coragem – diz para si: ”Aqui está: este é quem sabe o que é ser corajoso, visto que é o general, o chefe.” Aproxima-se e diz: “Você que é um general do exército ateniense, tem que saber o que é a coragem.” Então o outro lhe diz: “Mas é claro! Como não vou saber o que é coragem? Ela consiste em atacar o inimigo e nunca fugir.” Sócrates para, pensa, coça a cabeça e lhe diz: “Sua resposta não é totalmente satisfatória.” E faz ver ao general que muitas vezes é preferível retroceder para atrair o inimigo a uma posição mais favorável para destruí-lo. O general concorda e dá outra definição ou complementa a anterior. E Sócrates exerce, outra vez, sua crítica interrogativa e nunca está satisfeito com as respostas que vão sendo dadas.
Dessa forma, faz com que a definição inicial vá passando pelo crivo das indagações e aperfeiçoando-se por extensões e reduções até ficar o mais exata possível, mas nunca a ser definitiva. Para a Maiêutica, o conhecimento está latente no homem, só e necessário criar condições para que ele passe da potência ao ato, aflore, numa espécie de recordação, reminiscência. Educar no sentido verdadeiro e superior. Educação vem do latim educere, literalmente trazer para fora, sobressair, emergir do estado potencial para o estado de realidade manifestada.
Nos diálogos platônicos, que reproduzem cenas da atuação de Sócrates, nenhum deles chega a uma solução definitiva: todos se interrompem dando a entender que é preciso continuar perguntando, perguntando e continuar encontrando dificuldades, novos desafios e mistérios na última definição dada e que o assunto nunca se esgota. Esse método é típico de tudo que Platão