Maiêutica
Sócrates dedicou-se exclusivamente ao estudo da filosofia relativa aos costumes, abrangendo todas as épocas e condições de vida.
O pai de Sócrates, Sofrônico, era escultor e Sócrates, mesmo tendo aprendido essa arte, dedicou-se à meditação e à filosofia, sem recompensa alguma, apesar de sua pobreza material. Valorizou a descoberta do homem feita pelos sofistas, orientado-a para os valores universais, segundo a via real do pensamento grego.
Inteiramente absorvido pela sua vocação, não se deixou distrair pelas preocupações domésticas nem pelos interesses políticos.
A virtude de Sócrates lhe valeu a estima universal de seus concidadãos e atraiu para ele muitos discípulos, de todas as idades. A primeira coisa que ensinava aos jovens era a piedade e o respeito aos deuses. Em seguida, ele os incitava o quanto podia à temperança e ao afastamento da voluptuosidade, mostrando como esta priva o homem do mais rico tesouro: a liberdade.
Sócrates dizia que a filosofia conduzia a dois objetivos: contemplar Deus e subtrair a alma à dominação dos sentidos, sendo essa alma, segundo ele afirmava, imortal, porque tudo é imortal em essência.
demais
Ele era muito austero e exigente consigo mesmo, mas particularmente gentil e complacente com os
Sócrates dizia que praticava a mesma arte que sua mãe, Fenaretes, que era parteira. Esta arte é a “Maiêutica”, que tem as mesmas características da arte das parteiras, na medida em que faz “parir” os homens, e não as mulheres, e vigia as almas, ao invés de vigiar os corpos.
“O método da arte maiêutica – o método socrático – consiste em levar o interlocutor à descoberta da verdade mediante uma série de perguntas e mediante