Maiêutica
Sócrates dedicou-se exclusivamente ao estudo da filosofia relativa aos costumes, abrangendo todas as épocas e condições de vida.
Sócrates dizia que praticava a mesma arte que sua mãe, Fenaretes, que era parteira. Esta arte é a “Maiêutica”, que tem as mesmas características da arte das parteiras, na medida em que faz “parir” os homens, e não as mulheres, e vigia as almas, ao invés de vigiar os corpos.
“O método da arte maiêutica – o método socrático – consiste em levar o interlocutor à descoberta da verdade mediante uma série de perguntas e mediante as perplexidades a que as respostas vão dando origem. Na maiêutica, acha-se implicada a idéia da reminiscência (VER) que se manifesta no reconhecimento da verdade, quando se apresenta à alma”. Dicionário de Filosofia.
A maiêutica é a arte de fazer chegar à verdade e às evidências, que, de acordo com Sócrates, eram os “princípios” ou “as verdades eternas”; neste caso, o diálogo, como um “parteiro” de idéias é o ingrediente essencial a essa arte.
No método maiêutico, a primeira etapa corresponde “às dores do parto”, sendo o momento em que o filósofo, partindo da premissa de que nada sabia, levava o interlocutor a apresentar suas opiniões. Em seguida, fazia-o perceber as próprias contradições ou ignorância para que procedesse a uma depuração intelectual. Mas só a depuração não levaria à verdade – chegar a ela constituía a segunda etapa do processo, na qual ocorria o “parto das idéias” (expresso pela palavra maiêutica), momento em que ocorria a reconstrução do conceito, em que o próprio interlocutor ia “polindo” as noções até chegar ao conceito verdadeiro por aproximações sucessivas. O processo de formar o indivíduo