A aventura antropológica - teoria e pesquisa ... ampliando o debate sobre metodologia e pesquisa em Antropologia
Quando o interesse dos pesquisadores deixa de ser apenas em comunidades primitivas, se começa a construir uma retórica contrastiva justamente para se dar uma outro rumo, para que espaço urbano possa ser pesquisado de maneira sistemática, a fim de que não se coloque sobre o espaço urbano categorias de análise já prontas, onde pode ocorrer a divisão de grupos sociais separando um grupo e de outros como se um fosse mais importante do que outro, isto é uma premissa, tem que ser problematizado, não pode ser ignorado, envolvido por esta politização acaba-se ideologizando o objeto. Por conta de uma visão acadêmica da produção de conhecimento, preservando os métodos da antropologia não se obtém um sujeito de pesquisa privilegiado, o trabalho é iniciado de uma forma, mas utilizamos estas percepções e estas relações de poder para elaborar a forma de trabalhar com instrumentos de pesquisa que fazem parte das observações participante e o trabalho de campo.
A autora comenta que um dos efeitos colaterais desta primeira leva de trabalho é uma discussão sobre o papel do pesquisador maior do que os próprios instrumentos de pesquisa utilizados no trabalho, ela aponta um exagero, pesquisas etnográficas que falam longamente de uma relação pessoal do um sujeito com seu interlocutor, que não sai deste registro, como se isto cumprisse todo o papel da discussão metodológica, acentuando que não está dizendo que isto não é para ser feito, mas não é o único ponto importante a ser tomado, porque precisa relacionar essa ligação entre pesquisador e pesquisado que é fundamental e os dados que surgem disto com as estruturas gerais das relações que envolve este sujeito, então é neste sentido que ela