A Autonomia Como Projeto

Kamila Pimenta de Oliveira

A Autonomia Como Projeto - Horizonte Ético-Político

Trabalho elaborado como parte de avaliação de Aprendizagem, no curso de Direito – Ética I, UniEVANGÉLICA – Campus Ceres, Faculdade de Direito.
Professor(a): Rosângela Parreira

Ceres – GO
2015
A Autonomia Como Projeto - Horizonte Ético-Político

A questão da autonomia no trabalho da educação nos faz ter uma reflexão sobre a filosofia da educação e de procurar fazê-la uma perspectiva ética, especialmente na prática dos diretores de escola, pois a educação está envolvida no contexto social ao qual ela está inserida. Ela nos remete a um questionamento sobre o significado das ações que se desenvolvem na coletividade de que fazemos parte e na qual temos um papel específico a desempenhar. E o núcleo desse questionamento é exatamente a pergunta pelo que podemos fazer, pela presença da liberdade no nosso espaço de trabalho.
Autonomia como projeto, é algo a se pensar e refletir, porque um projeto é algo que se constrói com vistas ao futuro - ele aponta para algo que está por vir. Nosso pressuposto é, então, o de que a autonomia, assim como a liberdade, é algo a ser construído - não está dada, garantida já em nossa prática.
É comum vermos confundirem-se, ou identificarem-se, no cotidiano, os conceitos de ética e de moral. Não sem razão. Se recorrermos à origem etimológica das palavras, vamos encontrar os vocábulos ethos (grego) e mores (latino), que significam, ambos, costume. Ethos, na verdade, tem predominantemente o significado de caráter, jeito de ser. O costume resulta no estabelecimento de um valor para a ação humana, que é criado/conferido pelos próprios homens, na sua relação uns com os outros. Com o estabelecimento do costume, do estilo de vida, o homem rompe com a necessidade estabelecida na physis, na natureza, e constrói um modo de vida que é fruto de sua liberdade.
O costume - ethos - é então o ponto de partida para a constituição do pomos, da lei, da regra.