a aula
Interessada sempre no tema "cultura popular", abordado a partir de uma perspectiva que aproxima história e antropologia, a professora de História da África da USP tem-se dedicado a estudos sobre a África centro-ocidental (a região da atual Angola) e, mais especificamente, sobre as maneiras como os africanos incorporaram o catolicismo, com ênfase nos séculos XVII e XVIII.
Em entrevista ao Boletim Ática, a historiadora fala a respeito de suas pesquisas sobre os temas africanos, do melhor aproveitamento de seu livro em sala de aula e, entre outros assuntos, aborda também a herança africana que compõe corpo e alma do Brasil.
Em grande parte, o livro é resultado da minha experiência em sala de aula. Há um roteiro que lhe dá uma seqüência lógica e temporal, que percorre uma introdução a algumas sociedades africanas, o tráfico de escravos (especialmente para o Brasil), a inserção dos africanos e seus descendentes na sociedade brasileira escravista, a contribuição africana para a formação da nossa sociedade, etc.
O livro pode ser trabalhado nessa seqüência ou destacando-se partes específicas, pois os capítulos também podem ser tomados de forma independente - mesmo não sendo o mais indicado, pois assim se perde a visão de totalidade unindo África e Brasil, que é o pano de fundo do livro.
O texto principal é denso, apesar de acessível a um leitor médio, permeado de boxes que esclarecem sobre temas específicos. As imagens e suas legendas constituem uma terceira possibilidade de leitura, e também servem de ilustração ao texto. Os mapas trazem todas as localidades mencionadas nos textos e são fundamentais para a melhor compreensão deles.
Acredito que o professor deva familiarizar-se com o livro para então fazer sua opção de como trabalhá-lo com os