A atuação da Imprensa Brasileira durante a Revolta da Vacina
MINI-MONOGRAFIA
TEMA: ATUAÇÃO DA IMPRENSA BRASILEIRA DURANTE A REVOLTA DA VACINA
NOME: YURY YAGGO A. CARDOSO
TURMA: 11H-13H
PROFESSORA: CARLA SIQUEIRA
Rio de Janeiro, 10 de dezembro de 2012.
Introdução
Novembro de 1904. O Rio de Janeiro está cercado pela frota da Marinha. Canhões apontados para a capital. Tensão. O cheiro de pólvora e sangue é iminente. Esse era o cenário da então capital do Brasil. Com o intuito de melhorar a reputação da cidade no âmbito internacional, o prefeito Pereira Passos adotou medidas de modernização do centro. Era preciso demolir o passado e abrir caminho para a inovação. No entanto, ao alargar ruas e construir novos prédios, a Prefeitura encontrou um problema: os antigos cortiços estavam entupidos de pessoas e infestados de doenças – a varíola era a principal. Qual a solução? Expulsar todos, pois afinal de contas esse é o progresso e, com certeza, o povo vai agradecer pelas mudanças feitas. Além da destruição das moradias, Pereira Passos decretou a vacinação obrigatória em toda a população para evitar que a epidemia de varíola se alastrasse. Oswaldo Cruz foi nomeado chefe do setor de saúde do Rio de Janeiro e tinha carta branca para usar todos os meios necessários, desde invasão das residências até voz de prisão. Ao invés de tentar esclarecer a população sobre o que é uma vacina – na época não tinha credibilidade ante ao poder sobrenatural que os curandeiros supostamente possuíam -, o governo reprimia qualquer um que tentasse se manifestar contra as medidas aplicadas. A insatisfação aumentava cada vez mais e a panela estava prestes a explodir. Soldados espalhados por toda a cidade e invadindo o lar das pessoas, agentes de saúde vacinando todos à força, péssimas condições de vida, baixos salários. Tudo isso ajudou a estourar uma revolta que, mais tarde, seria conhecida como Revolta da Vacina. Mas não foi só a