A atenção Manipulada
A atenção manipulada no tempo e no espaço
Como a mídia se relaciona com o público? Que mecanismos os meios de comunicação colocam em funcionamento para chamarem e prenderem a atenção da população? São perguntas que muitas pessoas gostariam de saber as respostas.
Os meios de comunicação formam uma imagem do mundo, mas que, muitas vezes, é a imagem que eles têm do mundo condicionado pelos seus interesses econômicos, políticos e sociais. Apesar do conteúdo que transmitem, os meios diferenciam-se da forma como nos transmitem essa informação.
No livro A Mídia e seus truques, 2006, Nilton Hernandes faz um contraponto com aqueles teóricos que acham que jornal (que designa na obra qualquer meio de noticiário impresso, de rádio de TV ou internet) é só conteúdo. Para Hernandes, forma e conteúdo são complementares. Nesse sentido, a questão gráfica, o ritmo na apresentação de tomadas na TV não deve ser encarado como "cosméticas" e desimportantes. A contemporaneidade requer relações cada vez mais complexas de possibilidades de expressão e de usos de novas linguagens.
Segundo o autor, os jornais para serem consumidos, precisam principalmente reter a atenção por meio da apresentação das unidades noticiosas, pela distribuição delas na edição e no conjunto de edições. Continua dizendo que para existir um relacionamento entre jornais e público deve-se obter a atenção em três níveis diferentes e complementares como ele descreve, sendo o primeiro é preciso fisgar, trazer a curiosidade do individuo para prestar a atenção; segundo cada um deve interessar pelas histórias e por último o sujeito deve querer repetir a experiência, ou seja, aquele consumo deve desencadear um hábito.
Há várias maneiras que os meios de comunicação usam para captarem nossa atenção, uma delas é escolher a parte da notícia que mais interessa ao público daquele veículo e evidenciá-la. Por exemplo, se for um jornal popular, os textos terão apelos que mais chamam e prendam atenção