A Assim chamada acumula o primitiva
KARL MARX
O CAPITAL
CRÍTICA DA ECONOMIA POLÍTICA
LIVRO PRIMEIRO
O PROCESSO DE PRODUÇÃO DO CAPITAL
TOMO 2
(CAPÍTULOS XIII A XXV)
Coordenação e revisão de Paul Singer
Tradução de Regis Barbosa e Flávio R. Kothe
Fundador
VICTOR CIVITA
(1907 - 1990)
Editora Nova Cultural Ltda.
Copyright © desta edição 1996, Círculo do Livro Ltda.
Rua Paes Leme, 524 - 10º andar
CEP 05424-010 - São Paulo - SP
Títulos originais:
Value, Price and Profit; Das Kapital Kritik der Politischen Ökonomie
Direitos exclusivos sobre a Apresentação de autoria de
Winston Fritsch, Editora Nova Cultural Ltda.
Direitos exclusivos sobre as traduções deste volume:
Círculo do Livro Ltda.
Impressão e acabamento:
DONNELLEY COCHRANE GRÁFICA E EDITORA BRASIL LTDA.
DIVISÃO CÍRCULO - FONE (55 11) 4191-4633
ISBN 85-351-0831-9
SEÇÃO IV
A PRODUÇÃO DA MAIS-VALIA RELATIVA
(CONTINUAÇÃO)
CAPÍTULO XIII
MAQUINARIA E GRANDE INDÚSTRIA
1. Desenvolvimento da maquinaria
John Stuart Mill, em seus Princípios da Economia Política, diz:
“É de se duvidar que todas as invenções mecânicas até agora feitas aliviaram a labuta diária de algum ser humano”.1
Tal não é também de modo algum a finalidade da maquinaria utilizada como capital. Igual a qualquer outro desenvolvimento da força produtiva do trabalho, ela se destina a baratear mercadorias e a encurtar a parte da jornada de trabalho que o trabalhador precisa para si mesmo, a fim de encompridar a outra parte da sua jornada de trabalho que ele dá de graça para o capitalista. Ela é meio de produção de mais-valia.
O revolucionamento do modo de produção toma, na manufatura, como ponto de partida a força de trabalho; na grande indústria, o meio de trabalho. É preciso, portanto, examinar primeiro mediante o que o meio de trabalho é metamorfoseado de ferramenta em máquina ou em que a máquina difere do instrumento manual. Aqui só se trata de grandes traços característicos, genéricos, pois linhas fronteiriças abstratamente rigorosas separam tão pouco as épocas da