Acumulação primitiva
Foi a partir do século XV que se iniciou a acumulação primitiva, um processo lento, iniciado no período de evolução do homem e que no decorrer dos séculos foi sendo moldado de acordo com a ambição do mesmo.
O homem aprendeu a viver da terra e a cultivá-la em beneficio próprio, é a partir deste conhecimento que começa a cumulação de bens, nessa acumulação nascerão as classes, ou seja: os dominantes e os dominados. E aí sim se inicia a verdadeira acumulação. A acumulação por parte dos senhoris foi tamanha que tanta as terras dos pequenos proprietários, terras comunais, da igreja e até mesmo do Estado foram anexadas aos grandes feudos. Com a expropriação das terras centralizando o poder de produção nas mãos de poucos, que usavam de forma vantajosa para elevar os preços dos meios de subsistência deixava o pobre cada vez mais a mercê dos mesmos.
Agora o pobre que já não tem mais a terra para trabalhar em prol de seu sustento tenta nas cidades um emprego assalariado, e agora terá que ir ao mercado comprar aquilo de que necessita.
Para piorar a situação dos antigos servos, ou seja, homens livres estes são obrigados a servirem o exército nas guerras que eram constantes. Aproveitando-se disso, os senhores usavam escravos para o cultivo da terra e esses já que não podiam ir para a guerra, multiplicavam-se aumentando ainda mais o lucro dos senhoris, pois os mesmos teriam maior quantidade de mão-de-obra para trabalhar em seus meios de produção.
Em toda parte, os servos foram expulsos de suas terras e casas foram destruídas, muitos passaram a habitar também as orlas marítimas e a viver da pesca, mais uma vez foram expulsos, pois os poderosos viram nas orlas nova oportunidade lucrativa, já que essas seriam abertas para comercialização de mercadorias.
Muitos latifúndios passaram a reservar áreas para caça, um esporte da burguesia que logo se espalhou por muitas propriedades, onde existia gente trabalhando ou ovelhas pastando, agora existirá raposas,