A arte, o lúdico e corpo: o professor como instrumento que liberta, expressa e preenche.
“A fruição da arte é a possibilidade de o individuo absorver a humanidade em toda sua experiência acumulada e de sentir o prazer da beleza.” (Sawaia, 2006).
Dentre as mais diversas linguagens existentes no campo da comunicação, uma delas que chama atenção devido a sua polissemia, multiplicidade e ao mesmo tempo singularidade, é a Arte. Segundo Strazzacappa, Schroeder e Schroeder, a arte faz parte do ser humano, permite lidar com as diferenças, reconhecer a identidade, exercitar a sensibilidade e também dar significação ao mundo. Sua multiplicidade é caracterizada pelo fato das mais diversas formas de expressão: a música, a dança, a dramatização, as imagens, os desenhos, as esculturas, ritos, entre outros. Sua polissemia se dá pelo fato de utilizando um mesmo recurso, ela gera uma multiplicidade de significações e, ao mesmo tempo, a sua singularidade provém de uma condição histórica, geográfica de um tempo único e determinado. Dessa forma, os autores consideram a arte como uma área de conhecimento e que só existe através de uma interação social. Considerando a arte como precursora da livre expressão e da imaginação, pode-se estabelecer uma relação proximal entre o lúdico e a arte. Segundo Huizinga (1971) citado por Moreira e Schwartz (2009), “[o lúdico] é considerado como um ato que expressa a liberdade de ação e proporciona prazer, que permeia tanto os jogos infantis, como as representações litúrgicas e teatrais, as atividades recreativas, as competições e os jogos de azar.” Ainda, segundo a psicologia da educação. “Por meio do lúdico, a criança pode elaborar anseios e fantasias, aprender a lidar com o ganhar e o perder, aprender a administrar sua angústia, diminuir sua ansiedade diante dos conflitos, de situações complexas e confusas, além de gerar prazer, motivação e experimentação.” (Moreira; Schwartz, 2009). Dessa maneira, a utilização da arte, bem como os