a arte moderna e contemporânea
Sonia Leni Chamon
A Arte Moderna se faz através de um processo lento de modificações nas representações artísticas, principalmente a partir do Romantismo com o vigor das pinceladas e cromatismos emocionais, a fragmentação do objeto na pintura, a negação da hierarquia de temas, a influência da fotografia. Mas é a partir do Pós-Impressionismo que se dá o real rompimento da arte com a representação da realidade. É essa autonomia que possibilita o salto libertário das artes que, a partir deste momento, enfatiza a obra de arte como objeto independente do mundo real. Para Paul Cézanne o desenho de uma maçã não é uma maçã – inicia-se a Arte Moderna.
Pós-Impressionismo
Podemos considerar o Pós-Impressionismo o efetivo início da Arte Moderna. Os artistas pós-impressionistas pertencem também ao impressionismo, mas inauguram um elemento modernizante ao estilo. Henri de Toulouse Lautrec (fig.1 ) é o exímio desenhista, idealizador do cartaz como uma integração entre desenho, tipos e cores. August Rodin e Camile Claudell (figs. 2) ultrapassam o equilíbrio clássico, fazem a escultura surgir em explosões de massa, subvertendo seu contorno.
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Georges Seurat e Paul Signac levaram as técnicas impressionistas à categoria de pesquisas científicas sobre cor e estrutura formal. Desenvolvem o Pontilhismo, tornado a pincelada a menor porção proporcional à dimensão da superfície. Esse movimento também é chamado de Neo-Impressionismo.
Os três artistas essenciais aos movimentos modernistas posteriores são Paul Cézanne, Paul Gauguin e Vincent Van Gogh. Três mestres de vida conturbada que determinaram as vertentes ligadas à estrutura formal e racionalidade, às experimentações pictóricas e metafísicas e à expressão pura.
Cézanne,. Nunca se enquadrou totalmente às impressões fugidias dos impressionistas. Os traçados geométricos, os volumes