história e arte moderna e contemporânea
EUAC - 2013/14
«Nos seus inícios, a arte ainda retém algo de misterioso, um pressentir misterioso e uma nostalgia, porque as suas configurações ainda não deram inteiramente relevo, para a intuição imagética, ao seu Conteúdo [Gehalt] pleno. Mas se o conteúdo [Inhalt] completo se apresentou em configurações artísticas, o espírito que continua a olhar para frente volta-se desta objectividade para o seu interior e afasta-a de si. Tal época é a nossa.
Podemos bem ter a esperança de que a arte vá sempre progredir mais e consumar-se, mas sua Forma deixou de ser a mais alta necessidade do espírito. Por mais que queiramos achar excelentes as imagens gregas de deuses e ver Deus Pai, Cristo e Maria expostos digna e perfeitamente — isso de nada adianta, pois certamente não iremos mais inclinar os nossos joelhos?» HEGEL, Georg W. Friedrich, Estética I - A Ideia e o Ideal; Estética II - O belo Artístico ou o Ideal;
Estética III - A arte simbólica; Estética IV - A Arte Clássica e a Arte Romântica; Estética V - Arquitectura e Escultura; Estética VI - Pintura e Música; Estética VII - Poesia, Lisboa, Guimarães editores 1972.
1
Maria Manuel Lopes Montes André Nascimento
1º Semestre - História de Arte Moderna e Contemporânea
EUAC - 2013/14
Introdução
Para dar início a este trabalho, vou começar por fazer a mesma pergunta com que Renato De
Fusco começou a introdução do seu livro “História da arte Contemporânea”
“Por que não é a arte contemporânea compreendida como a arte do passado?”
Na minha perspetiva, a arte contemporânea, num ponto de vista sociológico, divide o público em duas classes de Homens: os que a entendem e os que não a entendem. Toda a arte quando recente é impopular, pois tudo o que é inovador nunca é aceite facilmente e frequentemente provoca divergências: a uns agrada a outros não. O problema da arte contemporânea é que ela permanece impopular, mesmo depois de anos