A arte da guerra
Posted by admin on 26 de janeiro de 2012
Hoje em dia o livro “A Arte da Guerra”, de Sun Tzu está em todas as livrarias com mais de 30 traduções. Encontra-se “A Arte da Guerra” para todo tipo de freguês: a arte da guerra para mulheres, para advogados, etc. A verdade é que qualquer grande livro da antigüidade, se for lido corretamente, pode conter ensinamentos valiosos para o homem de todas as épocas. Com “A Arte da Guerra” ocorre isso. E é, sem dúvida, um dos maiores tratados de estratégias já escritos. Porém, hoje nós vivemos – como dizem os taoístas – no reino das 10.000 coisas. A informação é tanta que existe muita desinformação embutida no meio. Há muita teoria para cada detalhe. Isso acaba nos afastando do verdadeiro conhecimento, do princípio básico que rege todas as coisas. Temos muita informação, mas não sabemos o que fazer com ela. Não temos sabedoria. Os grandes livros do passado foram escritos por sábios, homens que podiam raciocinar com tranqüilidade. Hoje, a nossa leitura é muito poluída e nos perdemos no meio dela.
Se você der uma folheada no livro “A Poética”, de Aristóteles, vai encontrar lá a seguinte informação: “O mito tem começo, meio e fim.” Se formos analisar essa frase com base em tudo aquilo que foi escrito sobre o mito, iremos desenvolver uma verdadeira tese em cima dela. Se formos ler esse livro corretamente, entendendo o contexto no qual foi escrito, descobriremos que a palavra mito, para o grego contemporâneo de Aristóteles, significava apenas uma fábula.
Portanto, mito é igual a fábula, que evidentemente deve ter começo meio e fim. É uma descrição simples e direta, não carece de nenhuma tese. O sentido da leitura muda totalmente. Aliás, leitura não é apenas decifrar códigos escritos, é dar sentido a eles.
“A Arte da Guerra” foi escrito para um povo que possui uma visão de mundo totalmente integrada à natureza. Um povo que se comunica por ideogramas e cuja língua tem uma sonoridade que estimula