A arte da guerra - análise comentada
Sun Tzu escreveu, em tiras de bambu, as palavras que compõem A Arte da Guerra. Neste clássico de 2.500 anos notamos a preocupação com estratégia e a inteligência estratégica. A primeira tradução para o Ocidente foi feita pelo jesuíta francês, Padre Amiot, em 1782. Segundo o tradutor, o livro foi usado por Napoleão, a quem ajudou a alcançar sucesso militar.
Na estratégia militar, segundo Sun Tzu, há cinco fatores constantes: Moral, Clima, Distâncias/Relêvo (logística), Método e Disciplina. O livro dá importância ao plano de guerra (planejamento estratégico) e, na guerra, ressalta a logística, o planejamento dos recursos e os custos advindos dos deslocamentos e do tempo de guerra:
Quando nos empenhamos numa guerra verdadeira, se a vitória custa a chegar, as armas dos soldados tornam-se pesadas e o entusiasmo deles enfraquece. Se sitiarmos uma cidade, gastaremos nossa força e se a campanha se prolongar, os recursos do Estado não serão iguais ao esforço. Nunca esqueça, quando as armas ficarem pesadas, seu entusiasmo diminuído, a força exaurida e seus fundos gastos, outro comandante aparecerá para tirar vantagem da sua penúria. Então, nenhum homem, por mais sábio, será capaz de evitar as conseqüências que advirão.
O pensamento estratégico advindo de A Arte da Guerra continua muito vivo no Oriente. Após a derrota do Japão na Segunda Guerra Mundial, Akio Morita, da Sony, sentenciou que o Japão se reergueria com a vitória na guerra comercial com os países ocidentais. Vinte anos após o Japão já figurava como segunda economia do mundo, com aplicação de estratégias comerciais radicais e uma revolução na produção de produtos bons, inovadores e baratos.
Um de seus estratagemas enfatiza a importância de conhecer o inimigo – Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas. Se você conhece a si mesmo, mas não