A Arquivistica e a Ciencia da Informacao atualizada
No Brasil, na estrutura das agências de fomento à pesquisa a Ciência da Informação está inserida nas chamadas “Ciências Sociais Aplicadas”, englobando a Arquivística, a Biblioteconomia e a Museologia, denominadas por Smit (1993) como “as três Marias”.
Essa visão coloca a CI como uma grande área, uma disciplina científica que rege as práticas arquivísticas, biblioteconômicas e museológicas, cujo objetivo é garantir que a informação registrada e institucionalizada possa ser acessada e disseminada de maneira rápida e eficaz.
Neste contexto, a Arquivística e as outras disciplinas citadas, emergem como práticas de uma ciência maior. A CI propõe um objetivo: estudar os processos de produção, organização e uso da informação, enquanto que as outras disciplinas colocam em prática esses processos. Como bem destacou Guimarães (2008, p. 33) [...] há de se ter em conta que a Ciência da Informação, enquanto área de estudos encontra fulcro em um conjunto de práticas que, no decorrer, ao longo do tempo, foram se consolidando, no mais das vezes ligadas a fazeres específicos contextualizados em ambiências específicas.
Especificamente no campo arquivístico, essa visão é ainda muito discutida. Enquanto que em alguns países, como França e Itália, os cursos de Biblioteconomia estão seguramente inseridos nos departamentos de Ciência da Informação, os cursos de Arquivística estão inseridos em departamentos de História nas Universidades, ou até mesmo em Arquivos Históricos
Não é raro, ainda, encontramos os famosos teóricos da Arquivística Contemporânea, definindo a CI como uma área da tecnologia, como é o caso de Luciana Duranti. Quando estudei as abordagens que emergiram no Canadá nos anos 1980 e