A arquitetura neoclassicista
A arquitetura neoclassicista surgiu de duas evoluções diferentes, porém conectadas, que mudaram a relação entre homem e a natureza. A primeira deu-se a partir do aumento da capacidade humana em controlar a natureza, e a segunda a partir da mudança na natureza da consciência humana, em resposta às transformações que estavam ocorrendo na sociedade. As mudanças tecnológicas levavam a uma nova infraestrutura e à maior exploração da capacidade produtiva e a consciência humana produzia novas categorias de conhecimento. O excesso da linguagem arquitetônica nos interiores rococós e o pensamento iluminista da época fizeram com que os arquitetos do século XVIII buscassem por um novo estilo autêntico. Essa busca foi feita a partir de uma reavaliação precisa da Antiguidade. O que os motivavam era principalmente obedecer aos princípios que existiam nas obras, e não simplesmente copiar. O primeiro impulso foi questionar em qual das quatro culturas mediterrânicas – egípcia, etrusca, grega ou romana – deveriam procurar o estilo autêntico.
O primeiro passo foi ir além das fronteiras de Roma, estudando sua periferia e as culturas sem que a arquitetura romana se baseasse. As escavações levaram a sítios mais distantes, chegando assim a locais antigos na Sicília e na Grécia.
Le Roy foi o primeiro a defender a origem grega para o estilo autêntico, o que despertou aira chauvinista do arquiteto Giovanni Battista Piranesi. Em suas obras, com ataque direto à Le Roy, ele afirmava que os etruscos eram anteriores aos gregos e que eles, junto aos romanos, elevaram a arquitetura ao seu mais alto nível de refinamento. No fim da década de 1750, os britânicos já buscavam instruir-se na própria Roma. Entre os principais expoentes do Neoclassicismo estão Piranesi, Winckelmann, Le Roy, James Stuart e George Dance. O desenvolvimento do Neoclassicismo britânico se deu principalmente pela obra deJohn Soane, que sintetizou de forma satisfatória as várias influências dos