espectroscopia
Introdução
Os corpos celestes são entidades físicas existentes no espaço sideral, e por sua enorme distancia da Terra, foram por muito tempo um desafio para aqueles que pretendiam investiga – los. É evidente a impossibilidade de deslocarmos uma estrela para um laboratório. Entretanto, isso não é um impedimento para que esta seja estudada. Se a única coisa desses corpos que chegam até nós é a sua luz, a análise desta possibilitará a compreensão de fenômenos físicos e propriedades presentes nesses corpos.
A luz visível é uma parte do espectro da radiação eletromagnética que pode ser captada pelo olho humano. De forma geral a luz é uma onda eletromagnética que se propaga. Seu espectro vai desde comprimentos de onda bem curtos, como a radiação gama até comprimentos de onda bem longos, como as ondas de rádio, passando pelo visível, como mostra a Figura 1. Estudando a composição da radiação emitida pelos corpos celestes, podemos inferir sua composição, temperatura, etc. Este estudo é denominado Espectroscopia.
Através da análise espectroscópica da radiação emitida por objetos celestes, como as estrelas, poderemos formular uma classificação para elas.
Figura 1 – Espectro da radiação eletromagnética. Em destaque a decomposição espectral do visível.
Histórico
O precursor da espectroscopia foi o físico e matemático inglês Isaac Newton (1642- 1727), que entre os anos de 1665- 1666, demonstrou que a luz branca, e a luz do sol ao passar por um prisma se decompõem em luz de diferentes cores, formando um espectro como um arco- Iris. Newton era um atomista e queria um modelo coerente com suas concepções. Não acreditava que a luz fosse uma onda, pois se fosse contornaria os objetos provocando a ausência de sombra. Pensando assim, ele propôs um modelo corpuscular (partícula) para explicar a natureza da luz. Para Newton cada tipo de partícula corresponde a uma determinada cor.
Em 1802, o inglês William Hyde Wollaston (1766- 1816), descobriu que ao passar