A aprticipação politica
Entretanto, o descaso e o desinteresse — representados pela frase "política é coisa de idiota"— com que o assunto é tratado pelos brasileiros chocam-se com os ideais revolucionários que eclodiram no Oriente Médio, na chamada Primavera Árabe, mostrando o contraste presente entre diferentes localidades com sistemas políticos totalmente diferentes.
O exercício da cidadania é indispensável para a criticidade e organização de movimentos sociais em prol de melhorias públicas. No entanto, a preferência da sociedade em manter-se alheia e ignorante quanto aos acontecimentos políticos deve-se a questões relacionadas à má administração dos governantes, que utilizam a política como forma de autofavorecimento em detrimento do todo. Corrupção e "lavagem de dinheiro" são algumas dessas práticas, que acabam por distorcer o que Aristóteles propôs para a política, de promover o bem comum.
A indignação gerada por tantos escândalos é justificável, no entanto, o distanciamento, ou seja, a omissão da sociedade do cenário político não é a solução do problema. O problema não está na política propriamente dita, mas no mau uso dela. Omitir-se, manter-se alheio, isso sim é "coisa de idiota".
A participação política é um fator que movimenta a história de um povo, de uma nação. Grandes acontecimentos que marcaram a História, desde manifestações a revoluções, devem-se justamente a reivindicações de uma sociedade. Exemplos históricos, como a Revolução Francesa, as Diretas Já e o Impeachment de Collor, retratam a dinamicidade promovida pelos anseios de uma população. Diferentemente de tais fatos, não há relatos de