A APOLOGIA DO ROMANCE FILOSÓFICO – UM ESTUDO SOBRE O ROMANCE RUSSO E SUAS RELAÇÕES COM A OBRA DE ALBERT CAMUS

10396 palavras 42 páginas
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
EDUARDO EUDES PRAZERES LOPES JUNIOR
A APOLOGIA DO ROMANCE FILOSÓFICO – UM ESTUDO SOBRE O ROMANCE RUSSO E SUAS RELAÇÕES COM A OBRA DE ALBERT CAMUS
RIO DE JANEIRO
2014
“The Caterpillar and Alice looked at each other for some time in silence: at last the Caterpillar took the hookah out of its mouth, and adressed her in a languid, sleepy voice.
‘Who are you?’ said the Caterpillar.
This was not an encouraging opening for a conversation. Alice replied, rather shyly. ‘I- I hardly know, sir, just at present – at least I know who I was when I got up this morning, but I think I must have changed several times since then.’
‘What do you mean by that?’ said the Caterpillar sternly. ‘Explain yourself!’
‘I can’t explain myself, I’m afraid sir,’ said Alice, ‘because I’m not myself, you see’ (…)”
(Lewis Carroll, Alice’s Adventures in Wonderland)
1 – Introdução
Usualmente concebe-se a filosofia existencialista como um fenômeno cultural francês, um signo típico, e bastante representativo, da cultura francesa contemporânea, sendo de origem francesa os dois maiores nomes desta corrente (Sartre e Camus, apesar de ambos contestarem o “título”),embora muito frequentemente se esqueça dos autores que não só servem de inspiração aos “existencialistas franceses” mas como também tem a sua “parcela de culpa” na construção deste movimento cultural, uma vez que produzem obras que não só inspiram o pensamento existencialista como são elas mesmas veículos representantes de um tipo de desenvolvimento filosófico que se poderia chamar de existencialista.
Com isto em mente, pretende-se aqui demonstrar não só a relação da obra de Camus com a de Dostoiévski, como também explorar as “fronteiras conceituais” que dão ao autor de “O Mito de Sísifo” a alcunha de “filósofo, romancista e dramaturgo” e ao autor de “Os Irmãos Karamázov” o rótulo de “romancista”. Pretende-se também, e nisto está o principal, levantar alguns questionamentos sobre a “essência”

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