A ANÁLISE DA IMAGEM: DESAFIOS E MÉTODOS
Elycarlos Regis1
Texto: Martine Joly
Propor a análise ou explicação de imagens parece suspeito e provoca reticências sob vários aspectos, ela citou três reticências referentes à mensagem da imagem, a primeira ela diz que uma mensagem que, precisamente em virtude da semelhança, parece legível; na segunda uma atitude contesta a riqueza de uma mensagem visual através de um repetitivo e inevitável já à terceira reticência referese a imagem considerada “artística” seria desnaturada pela análise e que a arte não seria de ordem do intelecto, mas do afetivo e do emotivo.
É certo que uma análise não deve ser feita por si mesmo, mas a serviço de um projeto, contudo, por um momento aos diversos tipos de reticência pressupostos quanto à abordagem da imagem.
Outra razão é a universalidade efetiva da imagem, desde a pré-história até os nossos dias que nós acreditarmos que somos capazes de reconhecer uma imagem figurativa em qualquer contexto histórico e cultural. Decerto existem, para a humanidade inteira, esquemas mentais e representativos universais, no entanto, deduzir que a leitura da imagem é universal revela confusão e desconhecimento.
A confusão é frequentemente feita entre percepção e interpretação de fato, reconhecer este ou aquele motivo nem por isso significa que a mensagem da imagem pode ter uma significação bem particular, vinculada tanto a seu contexto interno quanto ao de seu surgimento, portanto, ainda hoje, reconhecer a mensagens visuais e interpretá-las é duas operações mentais complementares apresar de que tenhamos a impressão de ser simultâneas.
De fato, mesmo nas mensagens visuais que nos parecem mais “realistas”, existem muitas diferenças entre a imagem e a realidade, tais como: a falta de profundidade e a bidimensionalidade alterações de cores na maioria das imagens, mudança de dimensões e ausência de movimento, são igualmente diferenças e a própria imagem. É esse aprendizado e não a