a antropologia de carlos castaneda
Carlos Castaneda é um antropólogo e escritor de uma obra de 12 livros, que teve mais de 8 milhões de exemplares vendidos em 17 países.
Nasceu no Brasil, foi estudar na Argentina e depois se formou em antropologia, em Los Angeles, Estados Unidos.
Foi ao México a fim de levantar dados para sua tese de doutorado, cujo assunto era o uso de plantas medicinais entre os índios mexicanos. Resolveu ir atrás de informações sobre alucinógenos usados em rituais, como o peiote, a erva-do-diabo e o cogumelo mexicano.
Nessa busca foi apresentado a um feiticeiro índio, chamado Don Juan Matus, considerado conhecedor do assunto. Castaneda foi logo pedindo informações sobre o peiote, dizendo saber muitas coisas sobre isso, quando na verdade sabia pouco. Don Juan percebeu sua mentira e tentativa de intimidação. Vendo que Castaneda buscava apenas informações intelectuais superficiais, ele evita falar do peiote e de experiências alucinógenas. Fez com que continuassem se encontrando para, com calma, habilidade e humor, dedicar-se à tarefa de destruir em Castaneda a sua crença numa realidade objetiva e indiscutível, como todos estamos acostumados a aceitar.
Para desmanchar essa ilusão, quebrar seus preconceitos e sua prepotência intelectual, Don Juan leva Castaneda a ter experiências mágicas e místicas, através do uso de ervas alucinógenas.
D. Juan faz parte de uma linhagem de feiticeiros que existe desde a antiga cultura tolteca pré-colombiana, quando teve seu apogeu, mas que passou por um reagrupamento dos integrantes depois da conquista espanhola, que massacrou populações. Seus conhecimentos são passados de mestre para discípulo, pois exigem grande dedicação, devido a serem técnicas que precisam ser praticadas com disciplina para se chegar às experiências que comprovam o ensinamento, sendo assim uma ciência essencialmente pragmática, em que os conhecimentos têm de ser vivenciados para