A ameaça ao bioma pampa
[pic]
No Brasil o Pampa só existe no Rio Grande do Sul e ocupa 63% do território do estado. Durante 300 anos o Pampa foi destinado a produção agropecuária. Visto como terras para gado e de batalhas para defender fronteiras. Teve sua biodiversidade subestimada. Hoje reconhece-se que resguarda espécies raras de fauna e flora, animais endêmicos e outras tantas espécies desconhecidas pela ciência. Na eminência de sua total destruição, um novo olhar é dado ao Pampa e em 2004 é considerado pelo Ministério do Meio Ambiente como um Bioma, o Bioma Pampa. Indubitavelmente o Pampa sofre a influência e pressão seletiva da atividade econômica que mais se desenvolveu na região, a monocultura da pecuária. Por anos o pastejo selecionou algumas espécies de plantas que melhor se adaptavam às patas e bocas, dificultando o desenvolvimento de espécies arbóreas de maior porte, sobretudo nas matas ciliares. Isso seria remediado com a implementação das áreas de Proteção Permanente e Reservas Legais nas propriedades, previstas no novo código florestal. Quando pensávamos que o equilíbrio da região estaria garantido, surge um novo e mais forte perigo que pode causar a total transformação deste Bioma: a monocultura de árvores exóticas. O Pampa é composto basicamente de gramíneas, herbáceas e algumas árvores. Serão graves os impactos da transformação do ecossistema atual em monocultura de árvores, cujo estágio de sucessão é bem diferente. Toda monocultura e inserção de espécies exóticas gera um desequilíbrio ambiental, com a diminuição de algumas espécies e aumento de outras, além de alteração nas funções ecológicas básicas do ecossistema. Toda atividade destinada para exportação não gera equilíbrio e igualdades no país de origem. Este cenário mais parece de extrema-unção, pois o Bioma só foi reconhecido quando está em vias de