A ALTA IDADE MEDIA E A EDUCAÇÃO FEUDAL
A longa época da idade média se caracteriza por uma nova organização da sociedade que se estrutura em torno do feudo que é uma unidade territorial, governada por um senhor que se age dentro dele, impondo aos habitantes do feudo a obrigação à fidelidade e à submissão, em troca de proteção. A economia, em geral, é de subsistência, produzindo e consumindo, e se apresenta predominantemente agrícola. A cultura se desenvolve somente no castelo feudatário ou nas igrejas e, sobretudo, nos mosteiros. A economia feudal nasceu após invasões do Islã, hunos, húngaros e escandinavos, o mediterrâneo se tornou cheio de riscos para o comercio enquanto os povos das duas margens eram francos inimigos entre si por causa da crença religiosa, a vias de comunicação terrestre eram inseguras e pouco frequentadas, cada grupo social se fechava em si mesmo para defender-se e sobreviver, no litoral e no interior. A queda do império fez desparecer qualquer autoridade central, dando vida aos reinos bárbaros tão conflituosos etnicamente e tão instáveis politicamente. Tem como outro fator decisivo o nascimento do feudalismo, o despovoamento das cidades e deslocamento da vida social para o campo. A sociedade e o homem medieval concentra toda sua vida no além-túmulo, que torna a vida mundana trabalhada pela consciência do pecado. Mas a sociedade feudal tem, sobretudo, na sua base, novos vínculos entre homem e homem, ligados a “elos de sangue” que fundam a “linguagem” e consolidam relações de parentesco como primárias e exclusivas.
Neste tipo de sociedade – hierárquica e estática - , o problema educativo coloca-se de forma radicalmente dualista, entre as classes inferiores e a nobreza, delineando formas e percursos radicalmente separados, do mesmo modo a educação se organiza em instituições – como a família e a Igreja. A educação na Alta Idade Média é, portanto, dividida entre nobreza e povo, entre “escola” e “aprendizagem”, mas também se nutre da Paidéia cristã.