A Alma Do Rio Nos 450 Anos
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(A alma do Rio nos 450 anos) "Os derrotistas que me desculpem, mas o carioca continua livre por mais que o prendam, buscando uma comunicação humana por mais que o agridam, aceitando o pão que o diabo amassou como se fosse o leite da bondade humana. O carioca, todos sabem, um cara nascido dois terços no Rio e outro terço em Minas, Ceará Bahia, e São Paulo, sem falar em todos os outros estados, sobretudo o maior deles...o estado de espírito. Tira de letra, o carioca, no futebol como na vida. Não é um conformista mas sabe que a vida é aqui e agora e que tristezas não pagam dívidas. Por incrível que pareça, carioca não curte violência, tanto que a expressão "botei pra quebrar" significa exatamente o contrário, que não botou pra quebrar coisa nenhuma, mas apenas "rasgou a fantasia", conseguiu uma profunda e alegre comunicação, numa festa, numa reunião, num bate-coxa, num ato de amor ou de paixão e se divertiu às pampas. Sem falar que sua diversão é definitivamente coletiva, ligada aos outros. Pois, ou está na rua, que é de todos, ou no recesso do lar, que, no Rio será sempre, em qualquer classe social, uma open-house, aberta sob o signo humanístico do "pode vir que a casa é sua". "O humanismo mineiro, o pragmatismo paulista, a verborragia baiana, a vagabundice carioca"... "Sem sacanagem, o carioca é antes de tudo, 0065 acima de tudo, um lúdico. Ainda mais forte e mais otimista do que o homem da anedota clássica que, atravessado de lado a lado por um punhal, dizia: "Só dói quando eu rio", o carioca, envenenado pela poluição, neurotizado pelo tráfego, martirizado pela burocracia, esmagado pela economia, exorcizado pela violência, vai levando, defendido pela couraça verbal do seu humor. Carioca, claro". Fonte: www.folhaverdenews.com
INTRODUÇÃO
O presente texto tem como objetivo conceituar alguns dos elementos que são fundamentais para uma melhor compreensão acerca do discurso escrito e que devem ser