Psicologia E Psiquiatria
A Psicologia e a Psiquiatria são áreas fundadas em campos de preocupações diferentes. Apesar de fazerem parte do ramo da saúde, elas têm enfoques particularmente distintos. A Psiquiatria aparece com fim de construir e catalogar um saber sobre a loucura, a doença mental, apresentando uma sistematização do conhecimento dos aspectos e funcionamento psicológicos que desviam da normalidade. Ou seja, a abordagem da Psiquiatria é uma abordagem patológica. Foi com Wundt que a Psicologia encontrou enfim um objeto de estudo: a compreensão do funcionamento da consciência. Com os conhecimentos da Psicologia, chegou-se a uma conclusão da existência de uma normalidade e que era possível compreender processos e funcionamento psicológicos. Em suma, a Psiquiatria se apresenta como saber da doença mental ou psicológica, enquanto a Psicologia se apresenta como saber sobre o funcionamento mental ou psicológico.
O responsável pela aproximação dessas áreas aparentemente distintas e distantes foi Freud quando postulou que o patológico era uma exacerbação do funcionamento normal. Dessa forma, o que ele fez foi criar uma linha tênue entre esses dois saberes afirmando ocorrer apenas uma diferença de grau entre o normal e o doentio. Acreditou-se que, em todos os indivíduos existiam as mesmas estruturas psíquicas, que se mais ou menos “ativadas” são responsáveis pelo sofrimento psíquico. Hoje em dia é possível observar que essas duas áreas se assemelham no sentido de que ambas supõem um critério do que é normal, mas se diferenciam em muitos outros aspectos, como a concepção da doença mental e suas causas, pois a diferença entre o normal e o patológico é relativa e variante de acordo com o ponto de vista cultural, histórico.
Foi a partir da década de 50 que a psicofarmacologia se desenvolveu e com isso, a Psiquiatria tomou bases orgânicas e biológicas (apresentando-se tributária dos métodos da Medicina). Nota-se no ramo psiquiátrico que ainda há uma sistematização do