A acumulação de capital foi fundamental para o surgimento e desenvolvimento do sistema capitalista
Após o colapso da estrutura feudal, os elementos do capitalismo foram liberados. Na organização social précapitalista, as pessoas viviam no campo, onde o modelo de produção era baseado na propriedade comunal. “A estrutura econômica da sociedade capitalista proveio da estrutura econômica da sociedade feudal. A decomposição desta liberou os elementos daquela”. (p. 340)
Além disso, o artesanato era fortemente presente na sociedade. Os trabalhadores
possuíam os meios de produção e, ainda, exerciam todas as etapas do trabalho. Isto significa dizer que não havia divisão do trabalho. Tudo que era produzido era direcionado ao autoconsumo para fins de subsistência.
No entanto, a dissolução do regime feudal foi resultado de uma expropriação em massa de camponeses. O colapso do feudalismo foi fundamental para a formação de indivíduos que não possuíam meios de produção. A terra, o trabalho e os fatores de produção foram mercantilizados e incorporados no modo de produção capitalista. Alguns dos camponeses se apropriaram dos fatores, mas outros perderam tudo e só lhe restavam como alternativa vender a própria força de trabalho.
A partir desse momento começou a surgir a figura do proletariado, possuidor de força
de trabalho, junto com o capitalista, proprietário dos meios de produção. Diante disso, os excamponeses passaram a trabalhar para o sustento da insaciável fome do capitalista de ampliar suas riquezas. O trabalhador produzia, mas quem se apoderava do produto do trabalho passou a ser o patrão.
“Com essa polarização do mercado estão dadas as condições fundamentais da
produção capitalista”. (p. 340). Sem essa prévia acumulação de riquezas, o