A abordagem científica da história feita por Eric Hobsbawm
Falar de história sempre implica em grande responsabilidade e, sobretudo, cautela frente às novas tendências historiográficas e novos elementos que são abordados e incorporados historicamente.
Hobsbawm foi um excelente autor de profundo conhecimento empírico dos temas que tratava, sem dúvidas deixou obras e documentos que acrescentaram muito para a história, no geral, além de ser fonte de estudos de outros grandes historiadores.
Para Hobsbawm, o passado é uma dimensão permanente da consciência humana, um componente inevitável das instituições, valores e outros padrões da sociedade humana.
Por suas análises do passado em contemporaneidade com análises de sua própria sociedade, que passou por um momento conflituoso de ideais socialistas, surgiram críticas a Hobsbawm. Ele se empenhou por um mundo que considerava mais justo, mais democrático e mais humano o que, na verdade, fez parte da sua realidade cultural. Mas apesar disso, não pode-se dizer que Hobsbawn “contaminou” os seus estudos e obras com os seus ideais Socialistas, pois um historiador que se preze, sabe narrar a história e se colocar como um observador que está fora do contexto analisado, sem qualquer tipo de sentimento envolvido.
Ele entende que o historiador tem a responsabilidade de abordar o sentido do passado. Esta responsabilidade empregada ao historiador revela a necessidade da utilização das considerações da história cultural. Por outro lado, isto não significa uma desconsideração por completo da história positivista ou tradicional. A história cultural tem a capacidade de considerar tais elementos e ampliar a esfera de significados que circulam as representações do passado histórico.
Apesar do ritmo avassalador das mudanças contemporâneas, o passado, segundo Hobsbawm, ainda é uma ferramenta fundamental para lidar com tais mudanças,