Zuzu angel

Como é difícil acordar calado,
Se na calada da noite eu me dano,
Quero lançar um grito desumano,
Que é uma maneira de ser escutado,
Esse silêncio todo me atordoa,
Atordoado eu permaneço atento,
Na arquibancada pra a qualquer momento,
Ver emergir o monstro da lagoa,

A história política brasileira registrou um período em que o povo deixou de eleger seus governantes e o País passou a ser governado pelo autoritarismo. Esses eram escolhidos pelos chefes militares e sempre o escolhido era um militar da alta patente.
De acordo com documentos históricos, esse período perdurou aproximadamente vinte anos (1964 – 1985), cinco generais-presidente sucederam-se no poder: Castelo Branco, Costa e Silva, Médici, Geisel e Figueiredo. Neste espaço de aproximadamente vinte anos, a ditadura passou a impor regras para o País. Para evitar os protestos na sociedade, caçou o direito de voto do cidadão calou as oposições através da censura ou pela violência dos órgãos de repressão policial. Nesta conturbada época é que passa a história de Zuleika Angel Jones (Zuzu Angel) relatada no filme de Sergio Rezende, interpretada por Patrícia Pillar. Zuzu Angel, nasceu em Curvelo no ano de 1921. Ainda menina mudou-se para Belo Horizonte e depois para a Bahia, carregando destes locais muitas influências em sua moda. Em 1947 foi para o Rio de Janeiro, aonde veio a Seu filho Stuart Edgard Angel Jones vivido por Daniel de Oliveira, 26 anos, militante do MR-8, de nacionalidade brasileira e norte-americana, foi preso em Grajaú-RJ e levado para o Centro de Informações da Aeronáutica (CISA), em 14 de junho de 1971, onde desapareceu. Diante de tal acontecimento, Zuzu Angel iniciou a incansável busca por seu filho: bateu as portas dos órgãos ligados à repressão, recorreu à imprensa, ao governo, enviou carta à Anistia Internacional e ao Comitê Norte-Americano das Relações Exteriores, dentre outras iniciativas. Silva (1984), ao abordar o desaparecimento de Stuart Edgard Angel