Zuzu angel

O filme brasileiro dirigido por Sérgio

Rezende, relata a impactante e triste experiência vivida por uma mineira, estilista e mãe de três filhos, em meio à ditadura militar. Zuleika, mais conhecida como Zuzu (interpretada por Patrícia Pillar), foi casada com um americano, porém, ao se separar depara com uma dura realidade: à de uma sociedade preconceituosa . Entretanto, o ser uma mulher sozinha era apenas um dos muitos obstáculos que Zuzu enfrentaria. Sustentou sua família costurando para as grandes senhoras e senhoritas da época e, aos poucos, consolidou seu nome no cenário da moda sendo sinônimo de qualidade e novos conceitos baseados na extravagância de cores.

O sucesso veio mesmo, após um desfile realizado em Nova Iorque. Em 1971 e no auge da carreira profissional, a mulher forte e idealizadora que era Zuzu conclui que sua vida não era apenas composta por alegrias. O motivo para tal conclusão é o distanciamento do filho Stuart (interpretado por Daniel Filho). O filho não era apenas um estudante - mas como ele mesmo dizia - era um militante político socialista. A luta pela qual o rapaz era engajado era o reflexo da insatisfação da massa, em prol da não exploração dos estrangeiros para com o Brasil e, também, da não concordância com a censura estabelecida frente à qualquer opinião contrária ao regime.

O grupo de jovens estudantes, ao qual Stuart participava, sendo a maioria de classe média, pregava que os sonhos valiam quaisquer sacrifícios. É perceptível, portanto, a luta da população para que houvesse a mudança de mentalidade, a conscientização política e social, a saída do posto de espectador para o de revolucionário. E é em meio à essa transformação que Zuzu Angel deixa de lado seu projeto de ampliar os negócios e passa a se empenhar na busca de notícias do filho - que fora preso, torturado, morto e lançado ao mar - além de tentar fazer valer a voz