Zara
A Zara não dita tendências, prefere segui-las. Também evita colaborações com estilistas famosos e gastos elevados com publicidade. A rede envia farejadores para acompanhar os principais desfiles, descobrir novas idéias e monitora a concorrência, ambientes universitários, clubes e cafés, além de eventos relevantes para o estilo de vida de seu público, entre 18 e 35 anos de idade. No seu segmento, tanto na Europa e EUA, é crescente a participação dos hipermercados e das cadeias de lojas de marca própria como a Gap na venda de confecções, enquanto as lojas multimarcas e as lojas de departamento perdem mercado, como aconteceu com britânica Marks & Spencer. Os preços da Zara costumam estar acima dos praticados pela C&A e H&M, porém abaixo da Gap. A H&M pratica preços ligeiramente inferiores aos da Zara. Entre seus concorrentes estão a Gap, H&M e Benetton. Já seus custos publicitários são baixos, ao redor de 0,3% sobre as receitas, enquanto concorrentes aplicam de 3 a 4%. A Zara ultrapassou a sueca H&M, e a norte-americana Gap sofre as agruras econômicas daquele mercado – o que se torna uma oportunidade para a Zara diminuir a diferença com a líder global.
O pulo do gato aconteceu mesmo no terreno da gestão. Os estrategistas da Zara enfrentaram o desafio de adaptarem as técnicas do Just-in-Time em seu sistema produtivo, apesar das dificuldades em função de diversas complexidades na cadeia de suprimentos. Em associação com a própria Toyota, a Zara passou a apresentar um importante diferencial competitivo justamente em sua rapidez na introdução de novos modelos de roupas, resultados que se devem ao sistema JIT. Uma vantagem é a manutenção de estoques onerosos no mínimo.