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ESCRITO POR LUIZ FERNANDO VAZ | 17 ABRIL 2012 ARTIGOS - CULTURA
Ágora, dirigido por Alejandro Amenábar, não nega o poder do Deus cristão: se opõe a ele. Requenta o velho mito da guerra entre a fé e a ciência, e está repleto de simbologia pagã e maçônica.
(Este artigo contém spoilers. Se não viu o filme e não quer saber dos detalhes, evite a leitura.)Segundo o IMDB, “Ágora é um drama histórico fixado no Egito romano sobre um escravo que se volta para a crescente onda do cristianismo na esperança de perseguir a liberdade, enquanto também se apaixona por sua mestra, a famosa filósofa e matemática Hypatia de Alexandria."Assim o filme contextualiza o espectador no início do filme:
"Ao final do século IV d.C, o lmpério Romano estava à beira do colapso. Alexandria, uma província no Egito ainda conservava parte de seu esplendor. Ostentava uma das sete maravilhas do mundo antigo, o lendário Farol de Alexandria, assim como a maior biblioteca da Terra. A biblioteca, além de símbolo cultural, era um centro religioso, um lugar onde os pagãos veneravam seus deuses ancestrais. A cidade, célebre pelo culto pagão, coexistia agora com a fé judaica e uma religião que proliferava, até recentemente proibida. OCristianismo."
Ágora é um filme de Alejandro Amenábar, que declarou: "o filme é contra a intolerância e alerta para aqueles que, nos dias de hoje, ainda estão dispostos a matar pelas suas ideias".
Vejamos como as coisas são colocadas na película.
Logo nas primeiras cenas vemos um debate público entre um dito cristão chamado Ammonius e um pagão. O tal cristão promete fazer um milagre: atravessar um pátio em chamas. Diante da incredulidade do pagão, o dito atravessa incólume sobre as chamas. Logo em seguida, alguns companheiros seus desafiam o pagão a repetir o feito e, diante das dúvidas deste, o arremessam por cima