Hepátia
Como neoplatonista, pertencia à tradição matemática da Academia de Atenas, representada por Eudoxo de Cnido e 7 era da escola intelectual do pensador Plotino que a incentivou estudar Lógica e Matemática no lugar de investigação empírica e a estudar Direito em vez de ciências da natureza.2
De acordo com a única fonte contemporânea, Hipátia foi assassinada por uma multidão de cristãos depois de ser acusada de exacerbar um conflito entre duas figuras proeminentes na Alexandria: o governador Orestes e o bispo de Alexandria, Cirilo de Alexandria. 8
Kathleen Wider propõe que o assassinato de Hipátia marcou o fim da Antiguidade Clássica,9 e Stephen Greenblatt observa que o assassinato "efetivamente marcou a queda da vida intelectual na Alexandria"10 Por outro lado, Maria Dzielska e Christian Wildberg nota que filosofia helenística continuou a florescer nos séculos V e VI, e, talvez, até a era de Justiniano.11Hipátia estudou na Academia de Alexandria, onde devorava conhecimento: matemática, astronomia, filosofia, religião, poesia e artes. A oratória e a retórica também não foram descuidadas.
Alguns autores pensam que, quando adolescente, viajou para Atenas, para completar a educação na Academia Neoplatônica, onde não demorou a se destacar pelos esforços para unificar a matemática de Diofanto com o neoplatonismo de Amónio Sacas e Plotino, isto é, aplicando o raciocínio matemático ao conceito neoplatônico do Uno (mônada das mônadas).12 Ao retornar, já havia um emprego esperando por ela em Alexandria: seria professora na Academia onde fizera a maior parte dos estudos, ocupando a cadeira que fora de Plotino. Aos 30 anos já era diretora da Academia, sendo muitas