Yorkshire terrier
Até o século XVIII a maioria dos britânicos trabalhava na agricultura mas, com o advento da revolução industrial, houve grandes mudanças na vida familiar e muitos, ao lado de seus cães, deixaram o campo para se transferirem ao Condado de Yorkshire, onde cresceram pequenas comunidades ao redor das minas de carvão, dos moinhos têxteis, e das indústrias de lã.[1] Mais diretamente ligado ao surgimento dos yorkshires, dita uma raça relativamente recente, estão os cruzamentos entre vários cães de pequeno porte já conhecidos desde então, que se aglomeraram junto a seus donos nas cercanias destes centros de trabalho. De todas as teorias sabidas a mais aceita fala de cruzamentos naturais entre black and tan, skye terrier, dandie dinmont e até mesmo maltês, todas tradicionamente conhecidas como caçadoras em tocas, e que estavam presentes nas regiões de Manchester e Leeds, ocupadas pelo novo cenário que surgia de crescimento urbano.[2]
Nessas comunidades, com destaque para a composta pelos operários de West Riding, estes cães passaram a ser vistos não apenas como animais de companhia em casa e nas minas de carvão, mas como úteis rateiros na caça aos roedores que se escondiam por baixo dos terrenos das casas, e nas competições de bar, nas quais estes caninos disputavam o posto de maior matador de ratos