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Após a ascensão da carreira do Dr. Simão Bacamarte, o médico retorna a sua cidade natal Itaguaí, para se dedicar ainda mais a sua profissão. Ele se dedica aos estudos de psiquiatria e constrói na cidade um manicômio chamado Casa Verde. No começo, aqueles que eram internados eram realmente casos de loucura e tudo era aceito pela sociedade. Porém, o Dr. Simão Bacamarte passou a enxergar loucura em todos e internar as pessoas que não eram loucas.
Com o passar do tempo, a população faz um protesto para que a Casa Verde seja fechada. No meio dessa confusão, um barbeiro utiliza o protesto para conseguir o poder na carreira política. O barbeiro se junta ao Dr. Bacamarte e assim as internações desnecessárias continuam, só que agora com a ajuda do governo.
Por fim, quase toda a população se encontrava internada na Casa Verde e o Alienista (Dr. Bacamarte) percebeu que sua teoria estava errada. Pessoas que não tinham desvio de caráter eram internadas, pois a maioria dos cidadãos eram diferentes uns dos outros. Após algum tempo, o Alienista percebe que esta sua nova teoria está mais uma vez incorreta e os internados são livres. Como ninguém tinha uma racionalidade perfeita como a do próprio Alienista, ele mesmo conclui ser o único anormal e decide trancar-se sozinho na Casa Verde para o resto de sua vida.
Introduzindo os conceitos de Howard Becker nesta obra, percebe-se que aquelas pessoas que desviavam das rotulações estabelecidas pelo médico eram punidas na Casa Verde. Sem que a sociedade percebesse, o Alienista estabelecia padrões de conduta, assim, impondo regras comportamentais, as quais eram informais porque apenas o Alienista as enxergava. Esses desviantes (na visão do Alienista) estavam além das fronteiras ou limites socialmente estabelecidos, pois os mesmos fugiam da racionalidade rotulada e tipificada.
A obsessão de estudar os limites entre a razão e a loucura fez com que a sociedade inteira se prejudicasse em prol de um pensamento