Xintoísmo
O xintoísmo
A única religião que pode ser considerada genuinamente japonesa, com origens que se confundem com a do próprio povo, há pelo menos dois milênios predomina na mística do arquipélago do país do sol nascente.
Demorou a receber essa denominação adaptada do chinês xin-tao, "via dos deuses", por volta do século XI, embora muitos japoneses utilizassem o termo nativo kami-no-michi, com o mesmo significado.
Diferente do Budismo, que têm origem indiana e influência chinesa, o xintoísmo é dominante apenas em seu país de origem, embora sua prática não implique no abandono total ou repúdio a outras formas de crença. não se trata de uma concepção exclusivista, convivendo pacificamente e até complementarmente com outras práticas religiosas.
Mesmo se fundindo com outras religiões e se subdividindo em vários desdobramentos, o Xintoísmo deixa um legado que com certeza contribui para a receptividade dos japoneses, de forma que o exclusivismo principalmente religioso é pouco praticado no Japão.
Uma característica forte do xintoísmo é a harmonia com a natureza, o praticante busca se familiarizar e se integrar com a natureza num comportamento simbiótico, de onde ele tira seu sustento, mas também deve retribuir. Dessa forma a sobrevivência depende do entendimento do ser humano com toda a estrutura vital a sua volta, considerando-a uma parceira e uma guia.
Os deuses do xintoísmo
O xintoísmo não conhece divindades ou um deus, mas reconhece a existência dos kamis ou seres divinos, que podem se hospedar em tudo o que existe como árvores, rios, montes, etc e, naturalmente, os homens.
Existem cinco grandes divindades originadas do Caos (algo parecido com o Big Bang): Amenominakanushi (Senhor do Nobre Centro Celestial), Takamimusubi ( Grande Gerador do Deus Prodigioso), Kamimusubi ( Divino Gerador do Deus Prodigioso), Umashiashikabihikoji ( O Mais Velho Soberano do Cálamo), Amenotokatachi (O Eternamente Deitado no Céu). Deste ultimo