Xintoísmo
O xintoísmo, por ser a religião mais antiga do Japão, já era praticado há muito tempo e recebeu essa denominação apenas depois da chegada do budismo, para a sua discriminação. Existem várias teorias sobre sua origem etimológica, porém ninguém sabe ao certo qual a sua real origem. Para o xintoísmo, tudo que existe provém da ação recíproca de duas forças, originando as dezesseis primeiras gerações das divindades que ficaram inativas. Do último casal dessas divindades, Izanagi (céu) e Izanami (terra), nasceram três outras divindades, dentre elas Amaterasu, que hoje é considerada a divindade mais importante do xintoísmo. O xintoísmo é considerado como uma religião panteísta, pois acredita que em tudo habitam os deuses (montanhas, homens, rios, etc.) e o Kami (mestre, senhor) é o que possui o poder superior, podendo ser bom ou mau. A crença xintoísta possui diversos conceitos de Kami. Embora estes conceitos estejam intimamente relacionados, eles não são totalmente equivalentes. O homem é dotado da possibilidade de incorporar o Kami-natureza através da oração e conduta justa, ou seja, estar no michi (caminho). Existem diversos aspectos que diferem o xintoísmo de outras religiões. Ao contrário da maioria das religiões, no xintoísmo não existe céu ou inferno, mas o reino celestial e o reino terrestre. O xintoísmo não tem escrituras sagradas, não adere ao proselitismo, não tem local específico para o culto, código moral, hierarquia religiosa, batismo, ritos secretos, não oferece conforto após a morte e não propõe salvação. Muitas pessoas criticam o xintoísmo por ser uma religião primitivista, ligada a elementos da natureza, e por ser uma religião antropomórfica, onde seus deuses são como os humanos: ciumentos, engraçados, corajosos, entre outros. Por esses aspectos e por não apresentar características encontradas na maioria das outras religiões, existem pessoas que não