XADREZ
“ (…) Cientistas mostraram que jogar xadrez também encolhe o cérebro.
Para chegar a essas conclusões, apresentadas no periódico Neuropsychologia, os cientistas submeteram 20 enxadristas profissionais a ressonância magnética. Através da técnica, eles mapearam os cérebros - e compararam com os cérebros de enxadristas iniciantes.
A comparação mostrou que os jogadores de elite possuem menos massa cinzenta na junção occipital-temporal (OTJ, na sigla em inglês). Essa área é conhecida pelo seu papel na compreensão da representação de objetos e suas relações com outros.
Outra diferença foi que os jogadores profissionais possuem menos “difusividade” no
Fascículo Longitudinal Superior - uma área do cérebro associada com a comunicação, que envia informação visual para áreas que executam comandos. E, quanto mais
'veterano' o jogador for, menor será o seu núcleo caudado - área envolvida no processo de tomada de decisões.
Mas não é estranho que as áreas cerebrais em que enxadristas profissionais apresentam redução sejam associadas com habilidades que os tornariam melhores jogadores? (…)
E se o encolhimento cerebral não é necessariamente uma coisa prejudicial? De acordo com o neurocientista Christian Jarrett, nem sempre um cérebro maior é sinónimo de maior eficiência. Por exemplo, elefantes e baleias possuem cérebros enormes - se eles fossem diretamente proporcionais ao cérebro humano, seriam eles que dominariam o planeta. Ao mesmo tempo, abelhas têm cérebros diminutos e cientistas consideram as animais extremamente inteligentes.
Um cérebro mais compacto pode ser sinal de eficiência neural. Músicos possuem material neural mais compacto em áreas associadas com o controle das mãos do que pessoas que nunca tocaram um instrumento. E essa “compactação” vai caindo com a idade, quando passamos a apresentar uma queda na performance cognitiva.
Os cientistas responsáveis pela pesquisa sobre os enxadristas afirmam que “é difícil explicar suas