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Vista atual da casa Oscar Americano
Entre desenho e obra, uma trajetória perfeccionista
Em 24 de agosto de 2007, comemoram-se cem anosde nascimento de Oswaldo Arthur Bratke. Ele é de uma geração em que os profissionais iniciaram a vida como engenheiro-arquiteto e estabeleceram as bases institucionais da profissão - Bratke presidiu o IAB/SP em duas gestões, de 1951 a 1954. Mas sua importância deve-se aos célebres projetos - as casas no Morumbi e a Vila da Serra do Navio, por exemplo -, que o qualificam como figura ímpar do primeiro time de arquitetos brasileiros. A chave da compreensão de sua produção madura pode estar ligada, sobretudo, a dois aspectos: o desenho e a obra.
Desenho aquarelado feito por Bratke para a apresentação da casa de Oscar Americano
Vista parcial da fachada principal, com a casa em dois pisos
Oswaldo Bratke nasceu em Botucatu, interior de São Paulo. Em 1914, sua família mudou-se para a capital. Três anos depois, ele começou a estudar na Escola Americana. Desde criança, nutria paixão pelo desenho. Roberto, um de seus filhos, guarda trabalhos do pai feitos de observação - galhos, frutas, pássaros -, (1) alguns datados de maio de 1918, ou seja, quando ele tinha apenas oito anos de idade.
Entrou na Escola de Engenharia do Mackenzie e logo deu início à prática: em 1929, com Eduardo Kneese de Melo, Oscar Americano e Clóvis Silveira, Bratke abriu um escritório de topografia. Com Americano, um de seus melhores amigos desde então, fez inúmeros projetos.
Depois de formado, dedicou-se à construção civil, por conta própria. Entre 1933 e 1942, mantevesociedade com Carlos Botti. Na ocasião, construiu sobretudo casas ecléticas nos bairros-jardins paulistanos. Com a morte prematura de Botti, passou a exercer, paulatinamente, apenas a atividade de arquiteto autônomo.
Três períodos
Podemos dividir a obra arquitetônica de Bratke em três períodos: a fase eclética (resultado da produção conjunta com Botti), a