Wollner e a construção do design brasileiro

Wollner e a construção do design brasileiro

Ana Rafaela, Andressa Dominicheli, Bruno Grandchamp, Chloé Ayoub

O design no Brasil teve seu desenvolvimento como disciplina independente tardiamente, sempre estabelecendo uma relação direta com a arquitetura e as artes plásticas, vindo somente a se desvincular dessas nos anos 50. Em um contexto pós guerra, pairava uma aura progressista, e um personagem importante dessa fase o designer Alexandre Wollner, foi o profissional responsável pela criação de muitas marcas importantes dentro do país, um militante do design moderno e co-fundador da Escola Superior de Desenho Industrial.
Wollner nasceu em São Paulo em 1928, filho de imigrantes iugoslávos e seu interesse pela arte começa quando criança na oficina tipográfica de seu pai, que também era músico e tinha o desenho com hobby. Quando adolescente, frequentou os cursos da Associação Paulista de Belas Artes nas áreas de ilustração e gravura, nesse período se tinha uma visão muito mais voltada ao artístico e se dedicava ao desenho. E aos 22 anos, Wollner entra no curso de iniciação artística do Instituto de Arte Contemporânea (IAC), criado pelo MASP naquele ano, o que foi crucial para o seu desenvolvimento profissional, pois foi durante esse curso que ele teve contato com os conceitos mais racionalistas dentro da arte. Se envolveu também com o grupo concretista em São Paulo, Ruptura, trazendo uma reflexão ideológica sobre a arte e a produção industrial tanto de produtos quanto gráfica, vendo a industrialização como uma ferramenta fundamental para a produção e comunicação nesse novo período que o país passava (era progressista do JK), e graças a suas obras expostas no IAC ganhou um concurso e pôde ir em 1953, estudar na Escola de Ulm na Alemanha, se deparando finalmente com uma atmosfera exclusivamente voltada para a criação e estudos do design, passando a influenciar diretamente do seu pensamento e seus posteriores trabalhos. Como estudante do curso de